sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Inflação oficial em janeiro é a maior desde 2005 diz IBGE

 A inflação oficial mensal é a maior desde abril de 2005, colocando mais pressão sobre o governo em meio aos esforços para estimular a economia.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,86% em janeiro, ante alta de 0,79% em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior alta para os meses de janeiro desde 2003.
Com isso, a inflação em 12 meses atingiu 6,15%, o maior nível em um ano e próximo do teto da meta do governo, que é de 6,5%.
A inflação em janeiro poderia ter subido mais, não fosse o acordo do governo com as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro, que adiaram o aumento programado para as tarifas dos ônibus.

Alimentos e cigarro têm as maiores altas

O preço dos alimentos continuam pressionando a inflação no país. Vários produtos do grupo alimentação e bebidas tiveram a oferta reduzida em função das chuvas, ocasionando fortes aumentos de preços. É o caso do tomate (26,15%) batata-inglesa (20,58%), cebola (14,25%), hortaliças (10,86%) e cenoura (9,83%).
O principal impacto individual no índice veio da alta no preço do cigarro (10,11%), após o aumento no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

Inflação é uma das maiores preocupações do governo

Apesar do desempenho frustrante da economia nos últimos dois anos, a inflação tem se tornado uma das principais preocupações de investidores e economistas.
O Banco Central, que reduziu os juros à mínima recorde de 7,25% para estimular a economia, tem sido cada vez mais criticado por prometer juros estáveis por um período prolongado mesmo com o aumento dos preços ao consumidor.
As expectativas de inflação já estão acima do centro da meta do governo até 2017, segundo a pesquisa Focus do Banco Central.

Governo diz que inflação deve desacelerar em 2013

Autoridades do governo afirmam que a inflação deve desacelerar ao longo do ano com o corte das tarifas de energia e a manutenção de uma taxa de câmbio mais estável. Os dados de janeiro, porém, não devem passar muita confiança ao mercado.
“A inflação de serviços está num patamar elevado há alguns anos, entre 7% e 8%. Isso não deve mudar muito, a não ser que seja para pior”, disse Priscila Godoy, economista da Rosenberg & Associados. “É uma inflação muito mais preocupante do que um choque do preço de alimentos.”
O governo, que já reduziu tarifas de energia e que no ano passado diminuiu impostos de automóveis e eletrônicos, estuda desonerar a cesta básica, de acordo com a presidente Dilma Rousseff.
Fonte: Uol

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