domingo, 14 de outubro de 2012

FICHA LIMPA: O ILUSIONISMO DO SENTIDO E A FARSA NA PRÁTICA


É indubitável que a iniciativa popular no sentido de moralizar a política, mediante a lei da ficha limpa, seja um instrumento de grande valia para sociedade. Contudo, ser ficha limpa apenas por não ter sentença transitada em julgado (condenação) não implica numa ficha isenta de sujeira. Muitos políticos podem não ter nada judicialmente que desabone sua ficha impressa nos tribunais, contudo, na prática do exercício político, procede de forma desonrosa, possuindo uma ficha manchada por atitudes de corrupção, práticas ilegais para se chegar e  na condução do patrimônio público. Estes, muitas das vezes, são acompanhados e estimulados pelos eleitores fichas sujas, que vende, troca ou negocia o voto, quesito não observável na lei quando se trata de uma política honesta. 
         A ficha limpa é, conforme Roberto (Portal Luis Nassif) “Uma moralização aparente com alguns efeitos práticos, mas de baixo impacto em face da corrupção, em geral. As mudanças almejadas pelo conjunto da sociedade devem passar pela reforma política (embora não se encerrem nela), e oxalá, houvesse uma exigência da sociedade civil por ela como ocorreu com a perspectiva moralizante dada pela positivação da 'ficha limpa'. De qualquer forma, a iniciativa da 'ficha limpa', pela prática democrática e exercício de cidadania, é louvável e imprescindível”.
         As eleições municipais deste ano foi o grande marco da lei da Ficha Limpa que indeferiu a candidatura de muitas “fichas sujas”, contudo não impediu a captação e a computação do sufrágio sujo que manchou a ficha de muitos.
         Um povo que elege corruptos não é vítima, é cumprisse! Agora é esperar pra ver o resultado dos muitos eleitos em todo Brasil.

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