domingo, 15 de janeiro de 2012

Novo mínimo afugenta candidatos a prefeito

Prefeitos de municípios pequenos já se movimentam para tentar adequar as contas públicas aos reajustes do salário mínimo e do piso nacional dos professores. No norte de Minas, que possui o maior número de municípios do país, a dificuldade de ajustar a folha de pagamento às novas despesas já afugenta eventuais candidatos. A região é uma das mais pobres do Estado e em vários municípios a prefeitura é a principal empregadora.

José Antônio Prates (PTB), prefeito de Salinas, diz que "o salário mínimo tem impacto geral nas contas".

- Esse aumento foi um tiro no peito das prefeituras. A maioria dos prefeitos daqui é reeleita. Agora, para fazer um sucessor está difícil porque é muito pouco interesse. As pessoas sabem o 'pepino' que é.

Para o presidente da AMM (Associação Mineira de Municípios) e prefeito de São Gonçalo do Pará, Ângelo Roncalli (PR), em muitas prefeituras já se fala até em demissão de funcionários contratados, reestruturação de cargos comissionados e busca de novas receitas.

No caso de São Gonçalo do Pará, Roncalli calcula em 20% o acréscimo que terá na folha de pagamentos.

- Para quem recebe, os aumentos são legítimos. Mas vou ter de adequar a prefeitura demitindo contratados e reestruturando cargos comissionados. Senão, passo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. E se fechar as contas com gasto maior, elas são reprovadas.

O presidente da AMM afirma que das 853 cidades mineiras, 663 "vivem basicamente" do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), recurso repassado pela União, e do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), recolhido pelo Executivo estadual.

No Rio Grande do Sul, o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), que ainda não se diz candidato à reeleição, conseguiu enquadrar o salário dos professores municipais no piso nacional somente em agosto do ano passado.

- É um aumento substancial, não previsto nesta dimensão.

Sem preocupação

Já nas capitais, a expectativa é de impacto zero. Em Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, os prefeitos candidatos à reeleição não demonstram preocupação, pois afirmam que já pagam acima dos novos valores.

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), diz que "o reajuste não causa nenhum tipo de impacto nas finanças".

Em Belo Horizonte, a Secretaria de Planejamento assegura que os reajustes também não têm peso, pois os menores vencimentos estão acima dos R$ 622 e não são indexados ao salário mínimo. O mesmo ocorre com o piso nacional do magistério.

José Fortunati (PDT), candidato à reeleição em Porto Alegre, afirmou que a capital gaúcha já paga os novos valores.
Agência Estado

Um comentário:

  1. Quer Valer quanto?

    aquí na caiçara velha de guerra vai sobrar para o povo daqui, que valer quanto ? que o prefeito vai demitir mais uma vez os caiçarences para manter o grupo de forasteiros que toma conta da prefeitura.

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